segunda-feira, 13 de julho de 2009

Espírito vs Cerébro

Essa aconteceu sábado (11/07/09):

Lá vai:


De fato a tecnologia, ou, as tecnologias, já abocanharam a nossa sociedade e de tal forma que hoje sequer reparamos o uso dessas máquinas em nosso cotidiano. Enfim, nossa geração nasceu através da tecnologia, desenvolveu-se com elas e hoje a utliza para tudo: lazer, trabalho, esporte... (alguns moradores da pdl usa até para satisfação sexual)

Mesmo estando em um país onde as diferenças sociais ainda asoberbam a todos e chocam nos noticiários, onde milhares de crianças não possuem sequer um sapato e algumas centenas descartam seus tênis de um ano para o outro, é impactante como a tecnologia chegou a todos. Não existe diferença social na área tecnológica, no msn somos todos iguais... no orkut... no my space (menos no Brasil agora) twiter e afins...

A conhecida pirataria ( meio comum de "pobres"para ter acesso as tecnologias de ponta na década de noventa) é a ferramenta mais utilizada pelos jovens (de média e alta classe) atualmente...

Mas bem, os parcelamentos, as boas condições para pagamento, os ipi's da vida que estão reduzidos e a própria pirataria levaram a dita tecnologia para todos...

E é ai que me refiro!

Sábado saio do serviço, cansado depois de uma jornada de trabalho... mais cansado ainda pela ressaca da noite anterior... O ônibus para São Marcos saia às 17h da rodoviária, mesmo horário que saio da UCS, tão logo fui correndo para a parada na entrada da universidade.

Consegui pega o ônibus (no que cheguei na para ele apareceu na curva que antecede a universidade), entrando vi aquele ônibus cheio, cheio mesmo... e pensei "putz, vo te que ir 1h em pé nessa joça", mas la no fundo tinha um lugarzinho, um bendito lugar...

No que sentei pensei "posso ir lendo o livro que peguei na biblioteca ou ir dormindo"


Mas.....

no momento que sentei... duas garotas e um garoto ligaram um aparelho de celular com MP3... (baaa to sentindo agora a raiva que senti naquele momento) foram mais de 50 minutos de éguinha pocóto, pagode das mais escrotas que já ouvi e putz... tocaram funk pra caramba... E ELES NÃO USAVAM FONE DE OUVIDO!

e os comentários...

me lembro que quando foi começa um funk uma da meninas comentou... aii fulana, tira essa música que ela me lembra um homem (isso mesmo!! um homem... nem o nome do infeliz ela disse) PO!!! quem é que tem um funk como música de romance, uma música para lembrar alguém... aí eu tava até rindo... mas já começava a transformação...

ai tentei ler, tipo tava tentando ler Ulisses (livro mais díficil que já peguei para ler, AINDA MAIS ESCUTANDO FUNK E OUTRAS BREGUICES)

Desisti, óbvio...

ai fechei os olhos e pensei, durmi não vai ser díficil, afinal durmi apenas quatro horas nessa madrugada...

Me pergunta se consegui...

Não, óbvio... (ainda quando acordei uma mulher que tava do meu lado comentou "ta brabo né")

Nisso já tinhamos uma meia hora de viagem, faltava 20 minutos

Ô, 20 minutos tortutantes... juro que me segurei... ao máximo...

Ei que chegamos na rodoviária de São Marcos, tchê... juro que tentei mas não aguentei e no que o ônibus parou... me levantei e vi as figuras indigestas que tanto havia odiado naquela viagem torturante...

acho que era a velocidade quase constante do bus que me segurava...


Mas quando ele parou... não me aguentei mesmo... para todos no ônibus ouvir...

Olhei bem para eles e eles me olharam e então gritei:

-PORRA, POR ISSO QUE POBRE NÃO PODE TER NADA! NÃO SABE USAR... NINQUÉM É OBRIGADO A OUVIR A MERDA DA MÚSICA DE VOCÊS A VIAGEM INTEIRA... DEPOIS EU QUE SOU PRECONCEITUOSO...

aí, depois desse ataque de fúria social... do alívio de todos os passageiros que sentiram-se vingados... viria a resposta né...

e é aí que vem o título do post...

a menina me olha bem nos olhos e pensa, mas pensa bem numa resposta a altura daquele xingão vergonhoso... já que o guri... haa se ele falasse algo, acho que quebrava ele... pelo menos era o que minha raiva aparentava...

mas eis que vem a resposta... lá do espírito, ESPÍRITO DE POBRE!

- QUE MEU, TÔ PAGANDOOO!

Aí so me restou rir e disser... Pobre!


fato real... (by Marcelo.)

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